Para refletir...
É importante afirmar que toda aprendizagem deve ser significativa mediante a uma diretriz curricular.
A ideia de “datas comemorativas”, as chamadas efemérides, volta-se, em sua maioria, para atender o mercado consumidor. Esta a função do capitalismo e da influência midiática.
Segundo Charlot, 2000,p.55, (...) A criança mobiliza-se, em uma atividade, quando investi nela, quando faz uso de si mesma como um recurso, quando é posta em movimento por móbeis que remetem a um desejo, um sentido, um valor.
No trabalho em datas comemorativas há mobilização. Mas seria esse tipo de mobilização que Charlot tece suas argumentações?
Verifico nas escolas que no dia que antecedem as datas comemorativas, o movimento é muito maior acelerando o item de todas as ações realizadas. Dessa maneira ao organizarem o currículo, deixam o que é secundário, tornar-se papel principal e primordial.
Enquanto profissionais da educação, a reflexão deve seguir sobre o seguinte viés:
Tal situação corrobora com o processo de aprendizagem?
Mas, minha intenção aqui é conduzir tal reflexão pela vertente da comemoração do dia dos pais e das mães.
O fato de algumas escolas não homenagearam especificamente os pais ou as mães com festas, presentes e cartões, não significa que não reconheçam a relevância de suas funções, pelo contrário, tanto valorizam, que respeitam a família pós moderna, famílias monoparentais, as homoparentais, as famílias nas quais as crianças não convivem com suas mães e seus pais.
A escola não pode tudo, mas pode mais, pode e deve respeitar a singularidade de cada um, a sua história de vida, fazer jus a equidade, direito concebido pelos indicadores do MEC.
Nesta perspectiva torna-se notório não comemorar dias das mães, ou dia dos pais.
A sociedade muda, as relações mudam, as famílias mudam, e a escola não?
Comemoremos então, as famílias!
Sugestão para leitura:
O livro da família – Todd Parr
O Grande e maravilhoso livro das famílias – Mary Hoffman e Ros Asquith